O secretário de Saúde do Estado da Paraíba, Jhony Bezerra anunciou, na última quarta-feira (14), a confirmação da primeira morte por dengue em 2024 no estado. A vítima, um jovem de 24 anos, residia na cidade de Camalaú, localizada na região do Cariri. Paralelamente, uma segunda morte, desta vez de uma pessoa de 57 anos, está sob investigação para determinar se também foi causada por dengue ou por chikungunya.
O aumento dos casos de dengue tem sido uma preocupação constante para as autoridades de saúde, especialmente com a chegada do verão. Esta estação, conhecida pelas altas temperaturas e pelas chuvas frequentes, proporciona condições ideais para a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, vetor transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus.
A grande incidência de chuvas em todo o país contribui para o acúmulo de água em recipientes e locais propícios para a reprodução do mosquito. Além disso, o calor intenso acelera o ciclo de vida do Aedes Aegypti, tornando o ambiente ainda mais favorável para a eclosão dos ovos e o surgimento de milhares de novos mosquitos.
Para combater a dengue, é preciso uma ação conjunta entre poder público, sociedade civil e população. As medidas de prevenção incluem eliminar os possíveis criadouros do mosquito, como pneus, garrafas, vasos e caixas d’água, usar repelentes e inseticidas, usar roupas que cubram a pele e instalar telas nas janelas e portas. Além disso, é importante procurar orientação médica ao surgirem os primeiros sintomas e não se automedicar.
O Ministério da Saúde também iniciou a vacinação contra a dengue em nove estados e no Distrito Federal, com foco em crianças de 10 a 14 anos. A vacina, produzida pelo laboratório Takeda, é a única disponível no mundo e tem eficácia de 66% contra os quatro sorotipos da doença. No entanto, a oferta de doses é limitada e a imunização é progressiva.
A dengue é uma das principais arboviroses urbanas nas Américas, especialmente no Brasil, que concentra 70% dos casos na região. A doença representa um desafio para a saúde pública e um ônus para a economia, pois afeta a qualidade de vida, a produtividade e a demanda por serviços de saúde. Por isso, é fundamental que todos se conscientizem e se mobilizem para enfrentar esse problema.
“A dengue está vindo nas formas clássicas que as pessoas já conhecem. Aquele febrão, aquela dor pelo corpo, mal estar, diarreia, coceira nos braços, manchas pelo corpo de forma inespecífica. Mas, uma em cada vinte pessoas pode ter a dengue hemorrágica, e essa sim mata. Nós temos muito o que fazer. Temos como evitar. Nós cidadãos podemos evitar que aquelas águas juntem água, mas, também forçar os nossos governantes para a aquisição das vacinas e a distribuição de forma imediata”, disse o médico infectologista, Alexandre Araruna.
Fonte: Adriany Santos